quarta-feira, 8 de agosto de 2012

Solteiro


Para a maioria das pessoas estar sozinho é sinónimo de solidão e isso assusta-as. Hoje em dia estar com alguém não é porque se gosta verdadeiramente dessa pessoa mas porque se têm medo de estar sozinho e porque lhe é socialmente imposta essa ideia. Deixou de haver honestidade nas palavras e até mesmo nas acções. Alguém te magoou e a seguir és a tu a magoar alguém e por aí adiante. Vivemos num círculo em que todos se magoam em vez de serem honestos uns com os outros.

Estar solteiro não significa que não se deseja ter alguém ao lado, significa sim que se valoriza os sentimentos mais do que a simples ideia de que se tem medo de estar só. E estar solteiro tem as suas vantagens, todos deveríamos passar algum tempo solteiros em vez de andarmos a saltitar de relação em relação, só assim aprendemos a dar valor às pequenas coisas que realmente nos fazem felizes, mas mais do que isso, aprendemos a dar valor a nós próprios e a dar valor a quem está a nosso lado.

“Ser solteiro não significa que você não sabe sobre amor... Significa que você sabe o suficiente, para não perder o seu tempo com qualquer pessoa.” - Guilherme Assemany

É claro que há também os solteiros que assim continuam porque não lutam para mudar isso, porque têm demasiado medo de arriscar, mas se assim continuam e não se dispõe a enfrentar esses medos também não são dignos de serem felizes. Porque ser feliz implica luta, implica arriscar sem ter a certeza de que as coisas vão sempre correr bem mas com a certeza de que vão lutar para que isso aconteça.

Começar uma relação para superar os traumas da anterior é o mesmo que estar a agravar esses traumas. É uma ilusão absolutamente descabida pensar que se cura uma desilusão com um novo amor. Uma verdadeira relação implica entrega, não no sentido de nos subjugarmos a outra pessoa mas de confiarmos nela. Será que nos conseguimos verdadeiramente entregar a alguém se tivermos feridas por sarar? Não será que isso irá condicionar a relação? Será que já pensamos realmente nisso? Será que estamos a ser justos connosco próprios e com esse alguém que está do nosso lado?
Podemos ter a pessoa mais magnífica do nosso lado mas se não soubermos realmente ver, reconhecer e viver isso de nada adianta. A outra pessoa pode entregar-se de alma e coração mas será que fazemos o mesmo? Não. Os medos anteriores ainda nos perseguem e vemo-los em cada esquina. Criamos problemas onde não existem e vamos corroendo a relação. Será essa a felicidade que procuramos?

“Ficar solteiro não é ficar sozinho, é apenas esperar o momento certo para ter um belo relacionamento.” - Leonardo Santos Medeiros

Temos de nos sentir bem connosco próprios para conseguir que alguém nos faça realmente feliz. Como podemos exigir que os outros nos respeitem se não nos respeitamos a nós próprios? Como podemos querer ser felizes ao lado de alguém se não sabemos ser felizes sozinhos? Não estou com isto a dizer que ter alguém ao nosso lado não nos faz feliz, nem faria sentido ter alguém se assim não fosse, apenas que ter alguém é um complemento à nossa felicidade e não a felicidade em si.

“Ser solteiro é muito mais equilíbrio psicológico do que liberdade.” - Márcio Cerullio

Ter namorado/a ou ser casado/a é muito mais que ter alguém a nosso lado, é ter alguém que nos acompanha na nossa jornada de modo voluntário com todo o seu carinho e é disso que por vezes nos esquecemos, ter alguém a nosso lado não é uma obrigação, e quando o é não se pode chamar de amor. Não é uma relação honesta não é uma relação verdadeira, é uma relação forçada e infeliz. Só devemos ter alguém do nosso lado quando é verdadeiramente esse o desejo dessa pessoa e o nosso. E todos os dias devemos lutar para que essa pessoa queira continuar do nosso lado em vez de nos acomodarmos e pensarmos que já a conquistámos para sempre. O para sempre é hoje, é agora, amanhã é um novo dia e tudo muda.


Tenho noção de que escrevo sobre temas delicados e de forma que nem todas as pessoas me compreendem, mas será que já fizeram um esforço por realmente tentar perceber porque digo o que digo? Ou simplesmente se limitam a assumir que não sei do que falo? Este assunto é muito subjectivo e cada um tem a sua teoria, eu respeito isso mas não se esqueçam vocês de respeitar a minha também mas acima de tudo, de respeitar e de serem honestos com as pessoas com quem se relacionam.

sexta-feira, 20 de julho de 2012

Inocência


Nascemos como seres puros, não conhecemos a maldade, a hipocrisia, a mentira quando nascemos. Não temos noção do correcto ou do errado, do bom e do mau, porque na nossa mente pura não existe maldade. O que mais admiro nas crianças é a sua honestidade e inocência. Admiro a honestidade em responder às perguntas que lhes fazemos, em como nos dão uma resposta pronta e sincera. Sempre ouvi dizer que a verdade sai da boca das crianças. Infelizmente já não é tão verdade assim, hoje em dia as crianças já não são tão honestas e inocentes, mas será que já pensamos no porquê? 

Lembra-se, por exemplo, daquelas brincadeiras que fazia com os miúdos de chamar nomes engraçados a outras pessoas e de que tanto se ria? Achamos que se tratam de meras brincadeiras e a criança também não vê maldade nisso, mas aprende o que lhe ensinam, e uma criança não tem noção se é correcto ou errado. Faz porque lhe ensinaram a fazer. Lembremo-nos disso da próxima vez que pensarmos numa brincadeira estúpida com uma criança por nenhum outro motivo além de acharmos que é engraçado. Lembremo-nos do que na realidade de estamos a transmitir. 

“O que se faz agora com as crianças é o que elas farão depois com a sociedade.” – Karl Mannheim 

Não podemos julgar a geração de hoje como sendo os culpados. Somos o resultado dos ensinamentos que nos transmitiram em palavras mas essencialmente em atitudes, boas e más, porque estamos sempre a aprender, e enquanto crianças não temos noção do certo e do errado. Vamos aprendendo coisas boas e coisas más, só mais tarde ganhamos noção do que efectivamente é correcto ou errado, mas o modo como aprendemos a filtrar essas coisas é influenciado pela maneira como somos educados. Por exemplo, uma criança que viva num ambiente em que os pais discutem e se agridem frequentemente não tem noção de que esse ambiente não é normal e que é incorrecto, para a criança é o normal. Uma criança que seja criada por pais que ao passar na rua virem a cara e desprezem outras pessoas por serem de classe inferior cresce a julgar esta atitude normal. 

“A única coisa de valor que podemos dar às crianças é o que somos, e não o que temos.” - Leo Buscaglia 

Não se pode filtrar o que o filho aprende connosco só porque achamos que deve ser assim, não é pensar que ele aprende apenas o que acha que ele deve aprender. O ser humano está em constante aprendizagem, principalmente na infância, nessa altura e a julgar pela nossa falta de bom senso, característica que ainda não soubemos adquirir, aprendemos muitas coisas menos boas e más. Mas a culpa não é das crianças, é das pessoas que lhes transmitem esses ensinamentos. Não podemos achar que as crianças aprendem só com o que lhes dizemos para aprender. A aprendizagem é muito mais conseguida através de atitudes do que através de palavras. Por isso devemos agir de acordo com o que lhe queremos ensinar. De que adianta dizer ao seu filho que deve ajudar os colegas e não discriminar se na realidade as suas atitudes demonstram o contrário? Está a contrair o que ensinamento que lhe quer transmitir. O carácter de uma pessoa é construído na infância, os valores que o/a vão tornar um dia homem/mulher. 

Somos o resultado dos ensinamentos que nos transmitiram, não só em palavras mas essencialmente em atitudes. Os nossos filhos serão o resultado do que lhes ensinarmos, queremos um melhor futuro? Eduquemos os nossos filhos nesse sentido. 

“Educai as crianças, para que não seja necessário punir os adultos.” - Pitágoras 

A aprendizagem é um processo contínuo, consciente e inconsciente. Nem sempre nos recordamos de onde aprendemos algo mas esse ensinamento foi-nos transmitido directa ou indirectamente. Todos nascemos honestos e inocentes, é a interacção com outras pessoas que nos torna diferentes.

http://smbalmeida.webnode.pt/news/inocencia/

terça-feira, 10 de julho de 2012

Educação



A educação hoje em dia é algo que falta a muita gente e quer queiramos quer não grande parte da culpa é dos pais de cada pessoa, lamento dizê-lo de forma tão directa mas é a realidade, ora senão vejamos.

Muitos dos pais, mandam os filhos para a escola e acham que quem tem o dever de educar os filhos são os professores, também têm o seu papel é verdade, mas a base da educação de cada um é construída em casa. Na escola estudasse a história em casa ensinam-se os valores.

“Educação é aquilo que fica depois que você esquece o que a escola ensinou “- Einstein

“Não se podem censurar os jovens preguiçosos, quando a responsável por eles serem assim é a educação dos seus pais” – Esopo

Sei que por vezes os pais não fazem por mal, mas a verdade é que, por exemplo, quando os miúdos estão a fazer birra o que os pais fazem, é gritar e dizer para parar e o que eles que fazem? Gritam ainda mais. E que tal baixarem-se ao nível da criança e explicarem-lhe porque é que não pode fazer o que está a fazer? Porque não somos honestos com eles e lhes respondemos com sinceridade às perguntas que nos fazem em vez de tentarmos adiar sempre o assunto? Porque não simplificamos a educação que damos aos nossos filhos? A verdade é que passamos a vida a complicá-la e para quê? Para quê estar a complicar a nossa própria vida e a dos outros? As coisas são sempre mais simples do que aparentam assim se queira.

Deveríamos educá-los para que não fizessem algo porque percebem que é incorrecto fazê-lo e não porque têm medo de nos ouvir gritar ou ficar de castigo se o fizerem. A verdade é que eles acabam por crescer a pensar que é a gritar com os outros que conseguem o que eles querem. E daí começam os conflitos com outros colegas, por vezes com professores e até mesmo com os próprios pais.

Será que já parámos um bocadinho para pensar nisso? Ou será que é mais fácil pensar que são apenas as influências externas que condicionam a educação? Os filhos aprendem muito mais com as atitudes dos pais do que com as palavras que estes proferem. Por isso ajamos mais de acordo com o que lhes pretendemos ensinar. Porque “faz aquilo que eu digo e não aquilo que eu faço” não é um lema correcto a aplicar à educação.

Eu considero que é essencial que os pais saibam ser honestos com as crianças, honestos nas palavras e essencialmente nas atitudes.

“É na educação dos filhos que se revelam as virtudes dos pais.” – Coelho Neto

Outro aspecto essencial na educação de uma criança é os pais terem noção de que cada pessoa tem uma personalidade própria, sonhos próprios, ou seja uma vida própria, devem decidir de acordo com o que é melhor para a criança. É a educação do seu filho, não a sua. Não tente fazer com ele o que os seus pais não fizeram consigo. Não tente corrigir a sua infância na do seu filho. Tentar incutir o seu sonho no futuro da criança contra a sua vontade é estar a contribuir para a frustração e revolta na criança. Somos felizes a fazer o que gostamos e não o que nos obrigam. Isso também se aplica a eles, é obvio que os pais devem ter controlo sobre as crianças e não seguir todos os seus devaneios de miúdos mas devem saber reconhecer o que realmente a criança gosta e incentivá-los.

Muitos pais não dão a atenção necessária aos filhos. A desculpa é normalmente o trabalho. É claro que tem de se trabalhar, mas é preciso saber organizar a agenda e disponibilizar alguns minutos para dar atenção à família. Não é só ter os filhos, pôr-lhes pão na mesa e esperar que eles se desenrasquem.

Quantas vezes os miúdos são vitimas de bullying sem que os pais se apercebam e porquê? Porque estes não dão atenção o suficiente aos filhos. E não só bullying, acontecem inúmeras situações na vida dos filhos que os pais não têm conhecimento porque não disponibilizam tempo para conversar com eles.

É essencial o diálogo contínuo entre ambas as partes. Não é chegar ao pé do filho muita rara a vez e esperar que ele esteja à vontade para falar sobre certos aspectos. É preciso conquistar essa confiança e esse à vontade.

Ser pai e mãe é reconhecer que, enquanto humanos que são, também cometem erros e lutar para aprender e melhorar de modo a poder proporcionar o melhor ao filho.

Nem sempre é fácil educar uma criança mas os momentos bons fazem todos os menos bons parecer insignificantes. Quantas vezes ficou triste por o seu filho ter dito ou feito algo incorrecto mas alguns momentos depois ele pedir-lhe desculpa seguido de um abraço apertado? Quantas vezes sentiu orgulho por ver aquela peça da escola em que ele desempenhou tão bem? Não valerá tudo isso a pena?

“A educação tem raízes amargas, mas os seus frutos são doces.” – Aristóteles




É amor que damos aos nossos filhos, não tenhamos receio de o partilhar. O amor é infinito e é o sentimento mais puro e belo. Amor com amor se conquista ;)

http://smbalmeida.webnode.pt/news/educacao/

sexta-feira, 6 de julho de 2012

Abraços



Há bem pouco tempo senti um abraço que me fez esquecer o mundo. Uma princesinha de 7 aninhos puxou-me, sentou-se no meu colo e deu-me um daqueles abraços apertados que nos fazem sentir emoções magníficas. Depois daquele abraço fiquei com vontade de mais abraços, de sentir novamente aquela emoção. 

E dei por mim a pensar, porque não abraçamos mais? Porque não partilhamos mais do nosso carinho? Será que não damos mais abraços porque temos medo de demonstrar o que sentimos? Medo de nos sentirmos vulneráveis a alguém? Será que temos receio de demonstrar que somos humanos e que temos sentimentos? 

Dentro de cada um de nós existe um lado frágil e é esse lado que por vezes temos medo de demonstrar. Julgamos que é suposto sermos sempre fortes e não demonstrar fraquezas. Num abraço verdadeiro somos vulneráveis, pois num abraço, daqueles que são dados com o coração, transmitimos os nossos sentimentos. Em vez de termos medo do abraço deveríamos aprender a usá-lo. Aprender a demonstrar carinho sem ter receio. 

Quando foi a última vez que abraçou o seu filho? A sua esposa? O seu amigo? Até mesmo o seu cão? Um abraço faz sempre falta, em qualquer idade e em qualquer altura. O abraço é adequado em qualquer situação. É uma demonstração de carinho que se adapta a todos os momentos. Se estamos tristes transmite-nos energia para nos animar, se estamos felizes ajuda a partilhar esse sentimento, se estamos inseguros transmite-nos segurança. 

O abraço não é apenas para cumprimentar alguém, não é apenas para a tristeza da despedida ou para a alegria do regresso. O abraço é uma demonstração pura dos nossos sentimentos.

O abraço transmite aquilo que as palavras não são capazes de descrever. O abraço tem o poder de demonstrar o carinho que sentimos pela outra pessoa.

Quando abraçamos alguém especial é como se por breves segundo nada mais existisse no mundo, apenas nós e aquela pessoa e todo um turbilhão de emoções. Por vezes esquecemo-nos da importância de um abraço, do que ele significa para nós e para quem o recebe/dá. 

Embora ninguém tenha coragem de o pedir muita gente precisa de um abraço, porque não haveremos de os dar voluntariamente? Porque temos de esperar que alguém o peça? Sabe tão bem um abraço inesperado de alguém que nos é especial ^_^ , seja de um amor, de um amigo, de um familiar ou até mesmo de um desconhecido. Imaginem-se na rua a serem abordados por alguém para lhes dar um abraço. O abraço tem a capacidade de revitalizar o nosso estado de espírito e de facilmente nos conseguir arrancar sorrisos. 

Amemo-nos mais. Distribuamos mais carinho para que também o possamos receber. Tornemos o nosso dia melhor com algo tão simples como um abraço ;)

Para alguns sou uma pessoa carinhosa mas há quem me considere chata, mas por mim, eu passava o dia inteiro a abraçar o mundo e a partilhar o meu carinho com todas as pessoas.

“Onde, afinal, é o melhor lugar do mundo? Meu palpite: dentro de um abraço “ - Martha Medeiros

quarta-feira, 4 de julho de 2012

Idosos


"Se as pessoas foram feitas para serem amadas e as coisas para serem usadas, então porque amamos as coisas e usamos as pessoas?” – Bob Marley

Quantas vezes ouvimos falar em idosos abandonados em suas casas ou “despejados em lares”? Infelizmente acontece muitas vezes. Ultimamente até se tem ouvido nas notícias casos de idosos que foram encontrados mortos em suas casas meses depois. Tenho uma enorme dúvida na minha cabeça… será que perdemos o respeito? Será que perdemos a noção de que os idosos também são humanos, que são como eu, tu e qualquer outra pessoa, apenas com mais experiência da vida. Será que não nos lembramos que um dia também seremos idosos? Será que hoje em dia damos tanto valor a um carro novo mas não somos capazes de respeitar o homem e mulher que nos trouxeram ao mundo? Não estaremos a inverter as nossas prioridades?

Tenho pena que hoje em dia os idosos se sintam abandonados na sua própria casa, pela sua própria família, aqueles a quem dedicaram toda a sua vida a amar e que agora são incapazes de retribuir. Custa-me ver a sua carência de afecto e de atenção causada pelo desprezo dos que não sabem dar valor à experiência da vida.

Não tenciono ofender ninguém que coloca familiares em lares ou casas similares, por vezes é mesmo a melhor opção para eles. Em casa já não tinham condições para estar sozinhos e ali têm alguém a olhar por eles e outras pessoas com quem conviver. Apenas que não os devemos ir “despejar” lá. Porque infelizmente isso acontece muito. “O pai já não está em condições de ficar em casa sozinho, é melhor pô-lo num lar”, até aí tudo bem, a questão é: Quantas vezes os vamos visitar? Quantas vezes lhes telefonamos? Ou será que nos limitamos a deixá-los lá para não mais nos preocuparmos?

Olhemos à nossa volta e lembremo-nos de como tratamos as pessoas que nos rodeiam. Será que temos sido justos para com eles? Será que eles não merecem mais da nossa atenção e do nosso carinho? Não temos tempo. Provavelmente será essa a resposta que nos ocorre de imediato. Mas será mesmo essa a realidade? Não teremos nós, 10 minutos do nosso tempo para um simples telefonema ou para visitar um familiar ou amigo? Não podemos ir todas as semanas, vamos uma vez por mês. Mas vamos. E esse ir, esse pequeno tempo que despendemos faz alguém tão feliz. Será que já pensámos nessa perspectiva? Será que já tentámos imaginar como eles se devem sentir? Lembremo-nos da última vez que visitámos alguém idoso, do brilho dos seus olhos por nos ver, das suas palavras emocionadas, dos seus sorrisos e das suas lágrimas de tanta alegria. Não terá isso também significado para nós? Não nos sentiremos nós também felizes?

Eu gosto de conversar com eles, ainda que eles não se lembrem por vezes do que falámos da última vez e me contem várias vezes a mesma história. Gosto da expressão nas suas palavras ao recordar as suas vivências. Gosto do brilho nos seus olhos emocionados com o simples facto de despender alguns dos meus minutos para os ouvir. Gosto da partilha de sabedoria, de honestidade e de valores. Gosto de sentir que fiz alguém feliz com um coisa tão simples que é dar um pouco de atenção.

Púnhamos a mão na consciência. Se não for por outras razões, lembremo-nos ao menos que um dia, também nós, seremos idosos e que quando esse dia chegar não vamos querer a solidão e o desprezo das outras pessoas.

Sejamos para com eles aquilo que, um dia, desejamos que sejam para connosco. 

quarta-feira, 27 de junho de 2012

Ser feliz :)


Uma forma de encarar a vida e aprender a ser feliz, é ser mais positivo, acreditar que as coisas podem ser/estar melhor do que no momento. 


A maneira de sermos com os outros é como eles também são para connosco. Imaginemos isto como estando a olhar-nos num espelho. Se estivermos de cara triste o que recebemos de volta é isso mesmo, uma cara triste. Temos de partilhar a alegria para também a recebermos.

Atraímos aquilo que pensamos, seja um pensamento positivo ou negativo. É nisso que nos concentramos e é isso que obtemos. 

"Eu não quero cometer aquele erro" ao contrário do que teoricamente possamos pensar este é um pensamento errado daquilo que na realidade pretendemos. O pensamento correcto é "eu vou fazer bem", pensar no que queremos e não no que não queremos, caso contrário estaremos tão preocupados em não errar que é isso mesmo que acabamos por fazer pois foi nisso que nos concentrámos.

Ser contra a guerra não é o mesmo que lutar pela paz. Por isso se queres viver num Mundo em paz o que tens a fazer é cultivar a paz e não tentar impedir a guerra. 
Se queres amor, é amor que tens de cultivar e não lutar contra o ódio. 
Se queres ser feliz tens de lutar para ser feliz e não lutar para não seres infeliz.

Ser contra algo não é o mesmo que lutar pelo oposto. 

Mais que pelas nossas atitudes sabemos através dos nossos sentimentos se estamos ou não felizes. Temos a capacidade de mudar o nosso estado de espírito e consequentemente toda essa "maré de má sorte" que nos assola, mas apenas se pensarmos em mudar isso. Se nos deixarmos arrastar por mais pensamentos negativos é isso que vamos obter.


A maioria de nós não tem noção do poder da nossa mente mas não perdem nada em tentar. Sejam mais positivos, pensem mais positivo e ajam nesse sentido vão ver que a vida vos sorrirá de volta =)

sábado, 19 de maio de 2012

Porquê?



Perceber o porquê de agirmos deste ou daquele modo é a base para podermos corrigir isso. Não conseguimos enfrentar um problema se não percebermos a origem o mesmo. Uma coisa é ignorá-lo, fingir que não existe, outra é lidar com ele. E para lidarmos com um problema temos de percebê-lo. Não é só porque nos apetece fazer destas ou daquela forma, fazemos assim por algum motivo, embora nem sempre estejamos conscientes disso. Nem sempre nos recordamos do que nos faz ter receio de certas coisas, conscientemente não temos essa noção, mas no nosso subconsciente existe uma razão. Em certas situações o porquê parece irrelevante, mas no que toca aos nossos problemas, aos nossos medos, o porquê é a chave para os enfrentarmos. Fugir da realidade ou tentar ignorá-la não altera as coisas. Acabamos a fugir de nós próprios. E que vida podemos ter fugindo de nós próprios? Quão feliz poderemos ser se não tentarmos perceber o que ainda nos faz ter medo, o que ainda nos impede de viver completamente?

Não estou aqui para julgar ninguém, não sou superior a ninguém, também eu cometo erros, também eu já fugi de mim própria por ter receio de enfrentar a realidade. Mas um dia percebi que o medo de errar, o medo de ser magoada me estava a impedir de viver a vida como ela merece ser vivida. Isso não significa que nunca mais cometa nenhum erro, apenas que já lido com as adversidades de maneira diferente. Que não me limito a tentar fugir do mundo mas sim a abraçá-lo de braços aberto e a aceitar o que ele tem de bom e de mau e lidar com isso da melhor maneira possível. Se algo está mal, fazer o que achar que devo para mudar isso. Lutar por aquilo que acredito.

Somos humanos todos nós, brancos, pretos, altos, baixos, magros, gordos, ricos e pobres. Dentro de cada um de nós existem medos. A diferença é que uns deixam-se dominar pelo medo e deixam a vida passar-lhes ao lado com receio de arriscar e os outros lutam todos os dias para usufruir do que a vida tem de melhor.

Aquilo que aparentamos ser não revela na verdade quem somos. É apenas o nosso aspecto físico, o que verdadeiramente nos faz feliz está dentro de nós, na nossa mentalidade, no nosso carácter, nas nossas atitudes. E isso não devia ser julgado pelas aparências.

A maldade das coisas, a dimensão de um problema. Tudo depende da mentalidade de cada pessoa. É tudo controlado pela nossa cabeça. A maioria de nós deixa-se controlar pelo que é socialmente imposto.

Há quem se limite a viver consoante aquilo que lhe imposto, outros vivem de acordo com aquilo que desejam, independentemente de ser socialmente correcto ou não. A realidade é que os da maioria criticam mas é com inveja de ter a coragem de sair "fora do círculo", coragem de viver a vida a sério, de não se limitar a ser mais um na multidão.

Depende de cada um de nós o rumo que queremos dar à nossa vida.

A felicidade não está no dinheiro nem na aparência é tudo uma questão de mentalidade.

sexta-feira, 13 de janeiro de 2012

Atitudes

Por vezes sabemos exactamente aquilo que temos de fazer mas falta-nos a coragem para dar o passo em frente e tomar a atitude correcta. A vida é feita de escolhas, esperar que os outros decidam por nós o que fazer da nossa própria vida também é uma escolha.
É tão mais fácil culpar os outros pelas coisas menos boas que sucedem na nossa vida mas na realidade temos sempre culpa nas coisas que nos acontecem, quer tenhamos sido nós a agir ou outros a agir por nós, porque se eles agiram por nós foi porque o permitimos. Devíamos pensar mais nas nossas atitudes, tomar mais decisões por nós próprios, até podem correr mal mas foi uma decisão que tomámos e arriscámos, se não arriscarmos é que não conseguimos nada.
É muito bonito dizer que se tem isto ou aquilo em mente e que está idealizado mas é preciso tomar atitudes. É preciso agir, nem sempre vai correr bem, mas são os momentos menos bons que fazem os bons valerem a pena. E quem vive por inteiro, quem arrisca, quem sofre, quem ama, quem luta sabe que é preciso cair para aprender a dar valor às coisas boas. Sentir-se feliz não é um sentimento constante, nem poderia ser, desse modo seria irreal e não seria sentido com alegria, com entusiasmo seria um sentimento monótono que deixaria de ter brilho.
A vida tem momentos bons e menos bons mas cada um é que decide quais permanecem maioritariamente na sua vida. É preciso viver não só ir vivendo. É preciso ser-se positivo e lutar por aquilo que se quer, quando as coisas não correm como esperávamos não podemos simplesmente desistir, é preciso continuar a ir à luta e aprender com os erros que cometemos.

A vida tem coisas magníficas que estão ao alcance de todos mas só alguns têm a coragem de arriscar e desfrutar.